17 golpes mais comuns aplicados em turistas e como evitá-los

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Atualizado em 15.09.23

Ser um turista tem um lado bom e um lado ruim: o bom é que você está viajando e aproveitando para conhecer novas culturas, depois de tanto trabalho o ano inteiro juntando dinheiro para isso; o lado ruim é que você é bastante visado por pessoas que querem ficar com um pouco do seu suado dinheirinho.

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Sendo assim, listamos alguns golpes aplicados em turistas no mundo todo, para você ficar esperto. A criatividade dos golpistas é grande para fazer novas versões de calotes antigos, e,  com essa lista, você perceberá que é preciso ficar sempre atento e desconfiado de situações um tanto incomuns e suspeitas durante sua viagem.

1. “Ih, esse hotel não existe mais!” ou “esse hotel está lotado”

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Saindo do aeroporto, ao dizer o nome do hotel para o taxista, você pode ser informado de que ele não existe mais ou está lotado. Então, ele oferecerá para te levar a outro hotel, que pode ser pior e mais caro. Há ainda relatos de hotéis que carregam o mesmo nome de outros mais famosos e você vai achar que foi levado ao destino certo.

Para evitar isso, ligue antes para o seu hotel, confirmando o endereço e a sua reserva. Se não tiver reserva lá, diga que tem, para não ser levado a outro lugar. Saber o trajeto até o hotel, tendo pesquisado em casa pela internet e usando o Street View para ver as redondezas do seu hotel, facilita para não ser levado ao local errado.

2. Avisos de “cuidado com batedores de carteira”

Ao ler um aviso de “cuidado com batedores de carteira” você vai instintivamente checar os bolsos para ver se está tudo ali. Nessa hora, há pessoas especializadas em furtos observando onde você apontou que está seu dinheiro e documentos.

Uma forma de evitar isso é andar com pochetes internas, que ficam para dentro da calça. Em casos de assalto, os criminosos já sabem que provavelmente você tem dinheiro ali, mas, em caso de furtos, fica quase impossível alguém pegar algo ali sem você ver.

3. Câmbios com cálculos muito complexos

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Tome cuidado, quando, na hora de comprar a moeda local, o cálculo que o cambista fizer ficar complicado demais. Ele pode dizer que não tem tudo o que você quer comprar e oferecer outro valor (dizendo sempre o valor total nas duas moedas para confundi-lo). Ele pode ainda pedir uma determinada nota para facilitar o troco. A certa altura, você vai ficar tão confuso com tanta cotação e valores que pode fechar negócio sem saber direito o quanto está pagando, perdendo dinheiro com isso.

Para evitar isso, o melhor é não fazer câmbio de dinheiro na rua. Mas, se for inevitável, ajuda bastante ter uma calculadora à mão. Por fim, sempre desconfie de cálculos muito complexos — e isso vale também para receber trocos, principalmente se aceitam outra moeda que não é a local.

4. “Te deram dinheiro falso”

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Há relatos disso sendo feito por taxistas, mas pode acontecer com qualquer vendedor. Você dá uma nota para pagar e a pessoa diz que ela é falsa. Então, ele lhe devolve a nota e você paga com outra cédula. E talvez você nunca perceba que a sua nota era verdadeira e que o golpista é que a trocou, sem você ver, por uma falsa.

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Para evitar que isso ocorra, tente aprender como são as marcas d’água de notas verdadeiras do país para onde você vai. Além disso, vale a pena “carimbar” as suas notas de maior valor, colocando algum tipo de marcação que você reconheça facilmente.

5. Lanchinho “grátis” na praia

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Há relatos desse golpe sendo aplicado em praias de todo o mundo, inclusive do Brasil. Um vendedor ambulante passa oferecendo uma amostra grátis de seu lanche. Então você prova, ele já abre outro e oferece, e você vai comendo, até que, uma hora, você se recusa. Então ele faz a cobrança por todos os lanches. “Mas não era grátis?”, você vai perguntar. Bem, o primeiro era de graça, mas os outros, não.

Para evitar esse golpe mantenha em mente que nada é realmente grátis: sempre há algum custo embutido, pois ninguém quer perder dinheiro. Além disso, dependendo do número de pessoas no local, se você está acompanhado de mais gente e se há policiamento, vale recusar-se a pagar.

6. “Policial” que apreende seu passaporte ou carteira

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Um falso policial pode te abordar dizendo que você está infringindo alguma lei por fazer algo que você considera comum e terminar apreendendo o seu passaporte. E o pior: isso pode ser aplicado por policiais de verdade, dependendo do país.

Uma variação disso é o falso policial que querer checar sua carteira para ver se você tem notas falsas ou “dinheiro de drogas”. Então, ele leva algumas notas e você só perceberá mais tarde. Outra variação é alguém te oferecer drogas e, de repente, aparecerem falsos policiais “flagrando” a situação e dizendo que devem levar seus documentos.

Para evitar cair nesses golpes, nunca dê seu passaporte ou sua carteira a ninguém. Ameace ligar (e ligue se preciso) para sua embaixada ou para a Polícia para se informar sobre o que está acontecendo. Diga que seu passaporte está no hotel e que o policial terá que acompanhá-lo até lá. Por fim, informe-se sobre as leis e proibições de países com cultura muito diferente da sua, pois, realmente, muitas coisas que consideramos normais podem ser contra a lei por lá.

7. Sumiço de bagagem do porta-malas

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Sua bagagem é colocada no porta-malas no táxi, mas, no meio do caminho, tudo é roubado e você nem vê. O taxista diz que está com pena de você e nem cobra a corrida, mas provavelmente ele faz parte do esquema.

Para evitar esse golpe, procure deixar suas malas junto com você, se for possível. Se precisar colocá-las no porta-malas por questão de espaço, cheque que o compartimento foi realmente trancado antes de entrar no táxi e sempre olhe para trás para ver se não está sendo furtado enquanto o carro está parado no trânsito ou no semáforo.

8. “Deixa eu colocar na sacola pra você!”

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Alguém vende um smartphone por um valor muito baixo, o aparelho está funcionando e parece ser original. O vendedor, então, oferece para colocar o celular numa sacola bonitinha para você, junto com o carregador. Nesse meio tempo, ele já trocou o celular por outra coisa e você só percebe mais tarde que comprou, por exemplo, um sabonete por 50 euros!

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Algo parecido pode acontecer com relógios: o que você vê são relógios de ouro ou de marcas originais, mas o que colocam na sua sacola são réplicas mal feitas.

Uma maneira de evitar isso é simplesmente não comprar objetos de marca com vendedores de rua, principalmente se o preço for bom demais para ser verdade. Você pode também se recusar a querer que coloquem o seu produto na sacola e, depois de pagar por ele, colocá-lo no bolso. Nesse caso, vale a pena pensar na sua segurança, já que estará se arriscando com pessoas que ganham a vida desonestamente.

9. “Esse anel é seu?”

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Uma pessoa “encontra” um anel na rua na sua frente e pergunta se é seu (e não é, claro). Ao examiná-lo, ela diz que é de ouro puro e ainda lhe mostra uma marca que comprova isso. Ela se oferece para vender para você por um bom preço e você aproveita a chance de tirar vantagem. Mais tarde, você descobrirá que se trata de uma bijuteria e que pagou muito caro por ela.

Para evitar cair nesse golpe, não tente tirar vantagem de outras pessoas quando você é o turista: provavelmente eles é que estão tirando vantagem de você.

10. Distrações na rua

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Um vendedor o aborda e pede para que você o ajude numa demonstração. Então ele faz uma “pulseira da amizade” sob medida para o seu pulso. Ao terminar, não é fácil tirá-la do braço e aí vem a cobrança por isso. E tem mais: enquanto você está distraído, um amigo dele pode estar furtando sua carteira.

Esse golpe pode ter variações com distrações diversas: alguém lhe oferece alguma coisa “de graça”, ou uma espécie de show é feito na rua ou ainda um escândalo que distrai todos à sua volta, enquanto alguém bate as carteiras.

Para evitar esses golpes, não se deixe levar por demonstrações de produtos, por coisas que parecem ser de graça ou por shows de rua que chamam a atenção de todos. Tente ignorá-las ou não tenha seus pertences tão facilmente expostos.

11. Companhia atraente e interessada demais em você

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Uma pessoa muito atraente, moradora do local que você está visitando, pode abordá-lo, principalmente se você está viajando sozinho e, depois de uma conversa, querer levá-lo a uma boate local para tomar uns drinks. Neste lugar, você termina pagando muito mais caro do que o normal, mas coisa pior pode acontecer, como você ser roubado ou drogado. Isso pode acontecer com homens e mulheres.

Para evitar cair nisso, desconfie de pessoas que já ficam tão próximas e querem convidá-lo para sair, quando acabaram de conhecê-lo. Mas, se quiser levar o papo adiante, escolha você o local para onde vão e seja insistente nisso. E sempre preste atenção aos seus pertences.

12. “Você precisa de calças para entrar aí”

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Quando o turista está para entrar em templos sagrados, alguém do lado de fora alerta que não pode entrar vestindo o que está vestindo (uma camiseta de manga curta, bermuda ou sandálias). Então, ele lhe oferece calças, camisa de manga comprida ou sapatos. Você paga por isso e lá dentro descobre que não tinha problema nenhum entrar do jeito que estava antes.

Para evitar isso, confirme a informação com algum funcionário do templo antes de fazer a compra. Ou procure saber sobre essas regras antes de visitar o local, levando, se for o caso, o seu próprio par de tênis e calças.

13. “Desculpe! Deixa eu te ajudar”

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Cuidado com pessoas “desastradas” que derrubam algo na sua roupa, na sua frente ou esbarram de uma forma muito exagerada em você. Enquanto ela tenta “ajudá-lo” a se limpar ou você tenta ajudá-la, essa pessoa pode ter a mão leve e furtá-lo e você perceberá isso só mais tarde. Isso pode acontecer com pessoas carregando um bebê e pedindo para você segurá-lo e, enquanto o ajeita no seu colo, está tentando roubá-lo.

Para evitar esse golpes, esteja sempre atendo aos seus pertences, desconfiando e afastando-se dessas situações suspeitas.

14. Câmera “quebrada”

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Alguém em um ponto turístico bastante movimentado pede que você tire foto dele, mas a câmera parece não estar funcionando direito. Quando você vai devolver, ele se atrapalha e deixa a câmera cair no chão. Então ele lhe cobra por ter quebrado seu aparelho.

Não pague por isso e preste atenção se não está sendo furtado enquanto se distrai tentando ajudá-lo a pegar a câmera.

15. “Ajuda” no caixa eletrônico

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Uma pessoa pode oferecer para ajudá-lo no caixa eletrônico por uma série de razões, inclusive porque ele sabe como fazer que você evite pagar taxas do banco. Pode ter uma pessoa atrás de você fingindo ser alguém na fila do caixa e concordando com o que o primeiro está dizendo. Quando você lhe dá seu cartão, sem que perceba, ele vai passá-lo em uma máquina de clonagem.

Para evitar isso, nunca aceite ajuda em caixas eletrônicos, por mais prestativa que a pessoa pareça ser. Não deixe que ninguém se aproxime de você nessa hora e procure outro lugar, cancelando a operação, se for preciso.

16. Táxis sem taxímetro

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Em um país com táxis sem taxímetro, procure sempre combinar o preço da corrida antes, para não pagar muito mais do que deveria. Há ainda taxistas que podem estar com taxímetro ligado quando você entrar no carro, mas desligá-los quando começar a rodar, ou ainda dizer que o taxímetro está quebrado.

Outra dica é que vale a pena andar com notas menores para fazer o pagamento sem precisar de muito troco: há relatos de preços combinados anteriormente, mas de troco devolvido errado e do taxista dizendo que você entendeu errado qual era o preço combinado.

17. Troco lento

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Você paga por algo com uma nota mais alta e espera o troco. O vendedor dá, por exemplo, três notas e para. Se você não contar o dinheiro que ele deu, pega o troco errado e vai embora com menos do que devia.

Para evitar isso, tenha atenção na hora de receber o troco e espere até que tenha todo o valor certo ou exija isso.