Por Pablo Mingoti
Atualizado em 05.07.22
A Pedra da Boca possui 336 metros de altura, com uma cavidade que lembra uma boca, e está localizada em um parque com estruturas rochosas deslumbrantes. O parque, que ganhou o nome da sua principal atração, conta com atividades como rapel, pêndulo, escalada, trilhas e paisagens únicas no interior da Paraíba. Então, confira esse guia completo e se prepare para uma grande aventura.
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Na divisa dos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, mais precisamente no município de Araruna, está o Parque Estadual da Pedra da Boca, uma reserva ecológica e o lar da famosa pedra. O parque fica a 8 km do centro de Araruna, a 150 km de João Pessoa, a 105 km de Natal e a 266 km de Recife. Além disso, a 10 km da Serra de São Bento, no Rio Grande do Norte.
Para quem sai de Natal, o ideal é ir pela BR-226 ou RN-316. Já quem vem de João Pessoa, o acesso pode ser pela BR-101. Uma vez no parque, para chegar até o topo da Pedra da Boca, é preciso fazer uma trilha com caminhadas e escaladas. Além disso, para fazer as outras atividades do parque, você precisará fazer trilhas com trajetos diferentes.
Apesar da maioria das estradas estarem asfaltadas, alguns trajetos podem ser de terra. Por isso, pesquise bem antes de pegar a estrada. Agora que você já sabe onde fica e como chegar, veja um pouco da história da atração.
Apesar da paisagem existir há milhares de anos, o local só foi decretado como Parque Estadual em 2000. O Parque da Pedra da Boca, localizado entre as Serras da Confusão e de Araruna, foi instituído para proteger a fauna, a flora, as estruturas rochosas da região e as pinturas rupestres encontradas por ali, formando 16 sítios arqueológicos catalogados. O nome veio da mais famosa pedra do parque que, por causa da erosão, possui uma cavidade parecida com uma boca.
As atividades no Parque Estadual Pedra da Boca são tipicamente de ecoturismo, com experiências incríveis em meio à natureza. O melhor de tudo é que você não paga para entrar no local. Então, confira algumas atrações e monte o seu roteiro:
Você pode contemplar do chão ou subir até o topo da pedra e ter uma visão magnífica da paisagem. Contudo, você precisa de fôlego, pois a trilha mistura caminhada e escalada pelos 336 metros, com passagem por espaços apertados em meio às pedras e duração de três horas. A indicação é contratar um guia local.
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No topo da Pedra da Boca, está o pêndalo humano. Nessa atividade, você vai se pendurar em uma corda de 30 metros, que aguenta mais de 3,5 toneladas. Após colocar todos os equipamentos de segurança, é só você se jogar e viver o momento. A experiência é organizada por guias locais e custa em torno de R$ 70,00, em um pacote que inclui rapel e escalada. Para agendar, o ideal é entrar em contato com o Julio Castelliano pelas redes sociais ou ir à casa dele quando estiver no parque.
O Julio Castelliano, que organiza o pêndulo humano, também oferece serviços de rapel e escalada. Nessa atividade, você vai descer ou subir 60 metros e ter um visual incrível da Pedra da Boca. Além disso, é possível contratar agências especializadas que realizam excursões até o parque para a prática da escalada.
Além da Trilha da Pedra da Boca, é possível fazer outras ao longo do parque, todas com níveis de médio à difícil por causa das escaladas e das pedras. Como muitas não são demarcadas e pouco divulgadas, a melhor opção é contratar um guia local. Por exemplo, o Seu Tico, nativo, cobra apenas R$ 10,00 por pessoa para levar grupos até os destinos mais deslumbrantes do parque, passando por pedras, como a da Caveira, do Forno, Zamboca, do Letreiro, Olho D’Água, entre outras.
No parque, há sítios arqueológicos com pinturas rupestres. Apesar de não ter um destino específico para a contemplação dessas pinturas, a Pedra da Santa é a que mais permite a visualização de vestígios de ocupação humana antiga. Então, durante as trilhas, repare bem nas pedras, assim, você encontrará as pinturas.
Muitos aventureiros acampam próximo à Pedra da Boca. Para aqueles que querem um pouco mais de estrutura, é possível armar a barraca no terreno de um nativo, o Seu Tico, que disponibiliza banheiros e até um restaurante estilo buffet para os visitantes. Para ficar nesse terreno, o preço varia entre R$ 6,00 e 10,00 por pessoa.
Saindo um pouco do Parque Estadual da Pedra da Boca, você pode ir ao centro de Araruna e visitar as ruínas de uma fazenda. O Antigo Engenho Maquiné, repleto de histórias e lendas, foi residência da família Targino, com capela, senzala e um casarão. Contudo, cuidado ao entrar na estrutura, pois ela está deteriorada, sem manutenção, ou seja, em ruínas. Além disso, aproveite que está pela cidade e conheça as casas históricas.
Muitas das atividades são organizadas pelos próprios nativos, sendo uma forma de turismo sustentável aliada ao ecoturismo. Por isso, a maior parte é agendada no próprio local, nas redes sociais ou por telefone com os guias locais, por um preço acessível.
As hospedagens próximas à Pedra da Boca são simples, mas todas possuem ótima qualidade e oferecem tudo o que o visitante precisa. Então, confira as melhores para as suas férias:
Em Araruna e na Serra de São Bento, há outras hospedagens simples, a maioria de moradores locais. A seleção acima reúne as melhores avaliadas. É só escolher a sua preferida e curtir a viagem.
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A seguir, confira clicks das atividades e paisagens do parque e da famosíssima pedra.
Gostou dessas imagens? O ecoturismo, além de ajudar a economia local, é perfeito para relaxar e sair da correria da cidade. Você merece um ótimo descanso!
A melhor maneira de conhecer as atrações, sem nunca ter pisado o pé no local, é por meio de vídeos. Por isso, veja alguns divertidos e com muitas dicas.
O Canal Viagem aos Montes mostrou como é a trilha até a Pedra da Boca. Além disso, o pessoal conversou com o nativo que organiza trilhas pela região, o Seu Tico. Não deixe de assistir.
Nesse vídeo, você terá uma visão da paisagem que te espera no parque. A filmagem foi realizada por meio de um drone, então, há momentos maravilhosos. Prepare-se para viver uma aventura repleta de verde.
Nesse vídeo, você também vai conferir dicas para chegar até a Pedra da Boca. No final, há uma resenha da atração que não pode faltar no seu roteiro: o pêndulo humano. É só assistir e anotar todas as dicas.
Gostou de conhecer um pouco mais sobre a Pedra da Boca? Agora, é só pegar a estrada e viver a sua aventura. Se você ama a natureza, não deixe de conferir um guia completo sobre ecoturismo no Brasil.