O que fazer em Milão: 8 pontos turísticos imperdíveis para conhecer

Milão é cheia de encantos. Andar pelas estreitas ruas da cidade é uma aula de história para qualquer viajante, já que é impossível não imaginar como foi a conquista de Napoleão ou como a região ficou após a Segunda Guerra, gravemente afetada, com os bombardeios dos Aliados. Apesar disso, a cidade teve um crescimento econômico grande, recebeu diversos imigrantes e, hoje, possui mais de 13% da população de origem estrangeira.

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Por ser tão diversificada, é impossível não se sentir em casa por lá. Milão também é conhecida como a cidade da moda na Europa – e não é para menos: lá, você encontra dezenas de lojas de grife, sem contar a Galeria Vittorio Emanuele II com toda sua imponência e artigos de luxo.

Locais com cunho cultural, histórico e moderno não faltam em Milão e nós separamos aqui uma lista com os pontos turísticos que mais valem a pena visitar:

1. Duomo de Milano

Esta pode ser considerada como a principal atração da cidade. A magnitude do Duomo de Milano, uma das catedrais góticas mais lindas que existe, impressiona. A igreja é a terceira maior do mundo, ficando atrás apenas da Basílica de São Pedro, no Vaticano, e da Catedral de Sevilha.

A construção da catedral começou em 1386 e demorou mais de 400 anos para ser finalizada. A fachada foi concluída “às pressas” porque Napoleão, após conquistar a Lombardia, queria se auto coroar como rei da Itália, no ano de 1813 – e foi o que ele fez!

O Duomo possui mais de 8 mil blocos de mármore na fachada e mais de 2 mil esculturas cravadas em suas paredes externas. Você se sente anestesiado ao se deparar com o Duomo e ao observar toda essa grandeza de arquitetura.

O interior da catedral é de tirar o fôlego… É um verdadeiro tesouro de valor incalculável. Você se impressiona com a altura das 52 colunas góticas que sustentam o teto, com o piso, com as estátuas (a de São Bartolomeu Apóstolo, principalmente), com os sarcófagos e, especialmente, com os belos vitrais – que contam histórias de santos e profetas e que, durante os bombardeios da Segunda Guerra, foram retirados e trocados por pedaços de madeira.

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Você também pode visitar, no subsolo da catedral, a área arqueológica que conserva os restos da Basílica de Santa Tecla e do batistério de San Giovanni alle Fonti. Como se não bastasse, o Duomo de Milano ainda tem um terraço maravilhoso que você pode (e deve MUITO) visitar. É um passeio pago, mas vale cada euro. O terraço é imperdível: você observa a cidade a uma altura de 70 metros e acompanha toda a loucura do povo milanês lá embaixo. Olhando para cima, você vê pináculos, mais estátuas, gárgulas e santos. Na ponta mais alta da igreja está La Madonnina, uma estátua dourada de Nossa Senhora.

O valor do passeio pode ser de 15 euros, com o ingresso Duomo Pass que permite visitar a catedral, o museu, o subterrâneo e o terraço de elevador – o que vale muito a pena, já que são 201 degraus. A entrada na igreja, apenas para orações, é gratuita. Mas, se você quiser fotografar, precisa pagar.

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2. Galeria Vittorio Emanuele II

Galeria Vittorio Emanuele II fica pertinho do Duomo di Milano, ao lado da catedral – ou seja, você pode conhecer os dois lugares no mesmo dia. Esta é uma galeria luxuosa, com arquitetura incrível e repleta de lojas chiquérrimas como Prada, Louis Vuitton, Tod´s entre outras. Existem diversos restaurantes e cafés maravilhosos que vale a pena conhecer, como como o Biffi, Il Camparino e o majestoso Savini.

Construída entre 1865 e 1877, a galeria possui o teto de ferro e vidro, que caracteriza e dá o maior charme ao local. Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1943, a galeria foi quase completamente detonada com os bombardeios ingleses, juntamente com outros edifícios espalhados pela cidade. Contudo, após esse período de terror, a galeria foi reconstruída e todo o esplendor do local retomado.

3. Castello Sforzesco

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Este castelo é um dos símbolos de Milão e foi construído no século XV por Francesco Sforza. Naquele tempo, a cidade se encontrava no ápice do Renascimento e o castelo era um espaço refinado de muitas festas e jantares. Inclusive, dizem que o local era frequentado por poetas e artistas, incluindo Donato Bramante e Leonardo da Vinci. Porém, após a invasão francesa, o castelo se resumiu a uma base militar.

Novamente, este é mais um local que foi atingido e prejudicado com os bombardeios de 1943, mas reconstruído e restaurado anos depois. Hoje, o Castello Sforzesco acolhe museus e bibliotecas, tendo uma função cultural importante em Milão. É aqui que fica Enfermaria Espanhola da Praça das Armas, na qual vale conferir a Pietà Rondanini de Michelangelo.

O Museu de Arte Antiga também faz parte do complexo e nele você poderá admirar a Sala delle Asse, uma das obras que Da Vinci deixou em Milão. Além dele, aqui você encontrará o Museu de Pré-história, Museu Egípcio, Museu do Móvel, Museus dos Instrumentos Musicais, Biblioteca de Arte e muitas outras riquezas culturais.

4. Arco della Pace

Saindo do Castelo Sforzesco, atravesse o Parque Sempione. O passeio pelo local é agradável e repleto de jardins, lagos e árvores, tudo muito bem preservado. Ao final, você vai se deparar com o Arco da Paz (Arco della Pace), uma obra neoclássica milanesa belíssima construída no século XIX. A estrutura possui 25 metros de altura e 24 metros de largura, com esculturas de cavalos e uma carruagem de bronze no topo. A região possui ótimos restaurantes com preços honestos, valendo muito a pena você almoçar por lá.

5. Igreja Santa Maria delle Grazie

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Santa Maria delle Grazie é uma igreja e convento dominicano que fazem parte da lista de Patrimônios Mundiais pela UNESCO. O local é famoso por abrigar o Cenacolo Vinciano, ao ladinho da igreja, que contém “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci, obra de arte que foi pintada diretamente na parede do refeitório do convento.

Em agosto de 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, aviões americanos e britânicos bombardearam a região da igreja, deixando o espaço danificado. Com isso, uma boa parte do refeitório foi destruído, mas algumas paredes sobreviveram aos ataques, incluindo aquela onde está a “A Última Ceia”. Aviso importante: se você deseja admirar pessoalmente essa obra de Da Vinci, você deve comprar e reservar seu ingresso com bastante antecedência pela internet. Não adianta chegar lá, na hora, e tentar comprar sua entrada.

6. Teatro alla Scala

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O Teatro alla Scala é considerado como uma das casas de ópera mais famosas do mundo. Inaugurado em 1778, o local foi construído a pedido da Imperatriz Maria Teresa da Áustria, para substituir o Teatro Regio Ducale que foi tomado pelo fogo no ano de 1776.

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Mesmo que você não consiga ingressos para assistir a um espetáculo, já que eles precisam ser adquiridos com bastante antecedência, diretamente pelo site do teatro, vale a pena a visita pelo lado de fora, para admirar a construção.

7. Igreja de St. Maurizio Corso Magenta

Construída em 1503, a igreja italiana renascentista possui um dos interiores mais belos de se ver na Itália, com afrescos do chão ao teto que datam do século XVI em suas paredes, quadros lindíssimos e muitos detalhes em ouro que esbanjam luxo. Falando em luxo, a Igreja de St. Maurizio Corso Magenta possui um órgão imenso que dá ainda mais imponência para o local. Quem visita “A Santa Ceia” pode aproveitar o passeio para conhecer esta igreja, que fica na mesma rua do Cenacolo. A entrada é gratuita, mas vale aquele aviso-padrão: cuidado com as roupas curtas e regatas, já que vestimentas assim não são aceitas.

8. Navigli

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Navigli é um bairro boêmio de Milão ideal para você visitar à noite (apesar de que, durante o dia, a região é cheia de mercadinhos e lojas de artesanato). Lá todas as tribos são bem recebidas e o clima de amizade, diversão e respeito é visto e sentido por todos. Mas, é inegável que durante a noite é que a mágica acontece, as luzes dos bares se acendem e formam uma composição linda com os canais que cortam o bairro. Para chegar em Navigli, basta pegar a linha 2 do metrô e descer na estação Porta Genova.