Por Pablo Mingoti
Em 28.01.23
A aparência é de um castelo, mas o Mont Saint-Michel é um monte que, na maré cheia, transforma-se em uma ilha. Trata-se do terceiro ponto turístico mais visitado da França, atrás da Torre Eiffel e do Palácio de Versalhes. Lá, é possível descobrir uma abadia, igrejas, experimentar pratos em restaurantes e se deslumbrar com o pôr do sol. Conheça esse destino pertinho de Paris!
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A sensação é de que você está chegando a Hogwarts, mas, em vez de um castelo, trata-se de uma abadia – um dos símbolos mais icônicos da França. O Mont Saint-Michel é uma comuna (município) do país, a 360 km de Paris. O local fica entre a Normandia e a Bretanha, que são regiões francesas.
Coloque o Mont Saint-Michel no no GPS que não tem erro. Um ponto de referência é a vila que fica em frente ao monte, La Caserne. Uma vez na região, você precisará deixar o seu transporte no estacionamento a 2,5 km e partir a pé ou a bordo de um shuttle – um transporte gratuito.
Se optar por esse shuttle, você desembarcará a 350 m do portão. Faça o trajeto a pé e você não vai se arrepender, pois a paisagem e a experiência são únicas.
Pegue a estrada em um trajeto de 4h (cerca de 360 km) de Paris até o Mont Saint-Michel, preferencialmente de carro. É possível ir de trem, mas saiba que o trajeto é um pouco cansativo. Você deve pegar um trem TGV em Paris até a comuna de Rennes, em uma viagem que dura cerca de 2h. Depois, pegue um ônibus da empresa SNCF Connect direto para Saint-Michel.
Além disso, também é possível embarcar em um trem de Paris para Saint-Malo e, em seguida, um ônibus da empresa FlixBus é outra opção. Se você não for de carro, considere pernoitar no meio do caminho, pois você chegará ao monte no início da tarde.
A história remonta ao ano de 708, quando o bispo Saint-Aubert criou o Monte São Michel para servir de oratório. A principal construção dessa ilha é a abadia, uma espécie de mosteiro para peregrinação. Durante a Revolução Francesa, o monte serviu como prisão para detentos e foi somente em 1966, após uma reforma, que o destino retornou com as peregrinações.
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Hoje Patrimônio Mundial da Unesco, o espaço se tornou um ponto turístico que recebe 3,5 milhões de pessoas por ano. E o que tem de tão divertido para fazer por lá é o que você descobre logo mais abaixo!
A primeira dica é utilizar sapatos e roupas confortáveis, pois você vai andar bastante e subir cerca de 350 degraus. Inclusive, algumas partes podem ser pouco acessíveis para quem tem dificuldades de locomoção. Saiba outras informações antes de desembarcar no destino:
Maio a setembro, por causa do clima agradável – mas saiba que é alta temporada, portanto espere movimento e lotação. Você pode visitar nos outros meses de baixa temporada, porém é possível que haja chuva ou neblina, tirando um pouco do encanto do destino.
O tempo ideal é de 1 dia. Ao fim ou no meio da tarde, você já terá conseguido visitar as principais atrações e cenários.
Você não paga para atravessar a ponte e conhecer as ruelas e restaurantes, mas há algumas atrações pagas à parte – como a abadia que você vai conferir no tópico mais abaixo. Lembre-se de inserir o meio de transporte no seu orçamento.
Outro ponto importante para sua viagem ser perfeita é ficar atento(a) à tábua das maré – a mais forte da Europa. Na maré cheia, o monte se transforma em uma ilha, o que faz da paisagem um espetáculo à parte. Já na maré baixa, é possível andar pela areia – uma experiência única, já que a água retrai rapidamente. Quando a maré está muito alta, pode haver cancelamento do passeio, porém esse é um fenômeno raro.
O local é uma vila e cerca de 45 pessoas moram lá. Sendo assim, os portões não fecham, mas a entrada de turistas nas atrações possuem um horário estabelecido. De maio a agosto, é das 9h às 19h; de setembro a abril, das 9h30 às 18h.
O estacionamento fica no continente, a 2,5 km do monte. Um shuttle (espécie de trenzinho com micro-ônibus) leva os visitantes gratuitamente até a entrada – na verdade, a 350 m do portão. Alguns hotéis do entorno possuem parceria com o estacionamento, de modo que os hóspedes não pagam o valor de €11,70 ao dia. O pagamento é realizado na saída, em máquinas.
Há muitos tours guiados que saem de Paris, incluindo transporte e almoço. Nesse caso, um guia acompanha os visitantes, passando pelas principais atrações. Confira algumas opções de passeios neste site.
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Por fim, a dica é ficar atento(a) a alguns eventos especiais que acontecem em épocas do ano, como a maratona anual, o Natal e o festival de música no verão, com artistas musicais por todo lado.
As ruelas são apertadinhas dentro do muro e é comum você esbarrar nas pessoas quando muitos turistas estão visitando o local. No total, são poucas atrações, mas visitá-las vale muito a pena. Confira as os principais pontos abaixo:
Com certeza, essa é a atração principal: trata-se de um mosteiro com várias salas e cenários históricos, uma arquitetura que impressiona. O terraço é a parte mais visitada da abadia, com direito a uma vista da baía. Além disso, não deixe de passar pelo claustro, pelos dormitórios e pelas capelas.
Outro ponto bastante famoso é a Igreja da Abadia, no topo do monte e com decoração gótica. É preciso pagar €11 para visitar e comprar com antecedência no site, já que há longas filas na bilheteria da entrada. A visita dura 2h e é possível fazer um tour guiado.
Visite essa pequena igreja quando estiver a caminho da Abadia. Além de ser um espaço para oração e descanso, há estátuas do Arcanjo Miguel e de Joana D’Arc, símbolos desse ponto turístico.
Parece que você está no Beco Diagonal de Harry Potter: uma ruazinha estreita com várias lojinhas e restaurantes. É um dos principais caminhos para as atrações e, por isso, costuma ficar bem lotada na alta temporada. À noite, o lugar ganha um charme especial, com cafés e bastante tranquilidade se comparada com as outras partes do dia.
Você deverá percorrer 2,5 km do estacionamento até o Mont Saint-Michel. Há quem prefira fazer o caminho a pé, o que não deixa de ser espetacular, mas você pode percorrê-lo a bordo de uma carruagem puxada por cavalos. O preço varia entre €5 e €10, dependendo da época do ano.
O mais visitado é o Museu Histórico, que conta a história do Mont Saint-Michel por meio de peças e artefatos antigos. O Museu do Mar é bem pequeno – trata-se de uma prateleira com algumas peças de navios e itens de marinheiro. A Casa Du Guesclin é onde um cavaleiro medieval morava. Por fim, o Archéoscope é um show multimídia com algumas projeções. É preciso pagar €18 para visitar os quatro museus.
É uma capela com acesso pela praia, aonde muitas pessoas vão para rezar e acender uma vela. Trata-se mais de uma paisagem para conhecer antes de deixar o destino. A Chapelle fica no caminho para a abadia, então, com certeza, você vai passar por ela.
Seja em restaurantes ou no terraço da abadia, o pôr do sol é espetacular no Mont Saint-Michel. Contudo, o local mais especial para apreciá-lo é o caminho que leva até o monte: atravessando a baía, é possível ter uma visão incrível do sol sumindo por trás do monte.
Ao redor do monte, fica uma barragem para controlar as marés. É possível ver a estrutura bem de pertinho chegando à Place du Barrage – uma espécie de praça que reúne muitos turistas, principalmente no nascer e no pôr do sol. Lembrando que o amanhecer começa tarde no inverno francês, às 8h30.
Estenda o seu passeio e conheça algumas regiões da Normandia e da Bretanha. O destino mais visado é Saint-Malo: uma cidade litorânea medieval cercada por muralha que é um charme para um passeio ao fim do dia, a 45 minutos do monte. Já em Normandia, o local para ir é Honfleur (um refúgio dos franceses no verão) ou Rouen, a cidade de Joana D’Arc.
Viajantes que adoram um acampamento podem escolher campings próximos. Os mais próximos são: o Camping Lez-Eaux, a 8 km, que conta com piscinas e até quadras de basquete e vôlei; o Camping le Balcon de la Baie, a 10 minutos de carro, que fica entre Saint-Michel e Saint-Malo. Por fim, o Le Bois Coudrais, uma espécie de hotel fazenda com espaço para acampamento.
Por fim, não deixe se encantar com as muralhas e cada cantinho do monte. Prepare a câmera para tirar muitas fotos e, claro, não deixe de assistir ao espetáculo das marés, já que é comum a água subir e descer de forma muito rápida.
Pratos regionais, principalmente da região da Normandia, são algumas delícias que você pode provar durante sua visita ao Mont Saint-Michel. Confira mais dicas sobre o que experimentar e onde comer:
Além disso, visite outros restaurantes elegantes. O Le Duguesclin fica no hotel de mesmo nome e conta com 3 cardápios para todo tipo de paladar e bolso. O Le Pré Salé é um dos mais visitados, então é indicado reservar com antecedência. O Le Mouton Blanc tem um diferencial: um terraço com vista para a baía. O restaurante do Auberge de la Baie segue o mesmo estilo do anterior e tem carne de cordeiro no cardápio. Por fim, o La Salicorne é uma espécie de pub.
Muitos turistas fazem um bate e volta de Paris, mas há aqueles que preferem pernoitar, seja dentro ou fora dos muros da ilha medieval. Confira algumas opções de hospedagem por lá:
Nas hospedagens dentro do Mont Saint-Michel, há relatos de pouco conforto, já que a estrutura é antiga. Por outro lado, é uma experiência única para quem quer se sentir em um quarto medieval.
Confira alguns vídeos que vão ajudar a montar o seu roteiro sem nunca ter pisado o pé na região do destino. Aperte o play para saber outras dicas além das que estão neste guia!
No total, são quase 15 minutos de imagens surpreendentes desse destino da França. A Emilim Schmitz desbravou as ruelas e chegou até o La Mère Poulard, famoso restaurante que serve omeletes. Confira ainda a abadia do monte nesse vídeo especial. Assista e, certamente, você não vai se arrepender!
O canal Vivendo em Paris fez um passeio até o Mont Saint-Michel para atender aos pedidos dos inscritos. O mais divertido é que você pode aprender muito sobre a história do local ao longo do vídeo. Aperte o play para saber mais dicas e informações essenciais para o seu roteiro.
O Max Petterson Monteiro visitou o Mont Saint-Michel durante uma intensa neblina, o que tirou um pouco do encanto da vista. O vlog compartilhou muitas dicas e você confere como é fazer um tour guiado pelo monte – o que pode ser ideal para aprender mais sobre história e cultura.
O Mont Saint-Michel é um daqueles lugares de que você sai com a sensação de gratidão. Afinal, conhecer um local de peregrinação, com paisagens deslumbrantes e recheado de história, é uma experiência que não é propocionada por qualquer viagem. Outro destino muito visitado na França é Marselha, a cidade mais antiga do país que precisa entrar no seu roteiro!